terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sobre o livro

Brasil, 1968. No Rio, jovens sonham com a revolução. O apátrida Javier conhece a engajada Ritinha. O primeiro esbarrão acontece nas pedras do Arpoador. A primeira noite de amor, em Copacabana. Ritinha é morta pela ditadura. Javier, sem qualquer bandeira política, parte para a vingança.
Logo em seguida, corpos de militares aparecem devorados. E, na mais ousada ação terrorista daqueles tempos, Javier mata um major para depois explodir seu velório, lotado de oficiais de altas patentes.
O Exército designa Carlos Duno, seu capitão mais talentoso, para a caçada aos supostos comunistas. O temido torturador do Forte de Copacabana, contudo, não consegue impedir a ópera de horror pela qual desfilam traficantes, soldados, travestis, loucos e fanáticos religiosos – além do misterioso canibal.
Em seu segundo romance, Alexandre Fraga usa o carnaval de rua, às vésperas da Copa de 70, para criar uma Copacabana atormentada por pesadelos. Em seu suspense, é implacável com a humanidade. Fraga constrói um universo apavorante e real: devasso, cínico e violento, recheado de bandidos à moda antiga, alcagüetes e falsos heróis.

Um comentário:

  1. Muito boa esta narrativa do Alexandre Fraga. Um presente ler uma história que prende, surpreende e nos apresenta a um bom autor da nova safra da literatura brasileira.

    ResponderExcluir